As duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) de Varsóvia, na Polônia, com 43 brasileiros, 19 ucranianos, cinco argentinos e um colombiano a bordo, pousaram de manhã cedo em Recife (nordeste) e ao meio-dia chegaram à capital Brasília (centro), confirmou a AFP.
Entre os recém-chegados estavam 16 crianças, além de oito cães e dois gatos.
Na Base Aérea de Brasília, aos pés do KC-390 Millennium, junto com a primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras personalidades, o presidente recebeu os repatriados, posou com alguns deles e deixou a base aérea de Brasília sem fazer declarações.
A missão de repatriamento partiu no domingo para a Polônia com uma dúzia de toneladas de ajuda humanitária para a Ucrânia.
O presidente insiste que se mantém "neutro" em relação à invasão russa da Ucrânia, argumentando que não quer prejudicar os interesses econômicos que o Brasil tem com a Rússia, principal fornecedora de fertilizantes para o poderoso setor agrícola brasileiro.
No entanto, seu governo votou na semana passada uma resolução na Assembleia Geral da ONU para exigir que a Rússia retire suas tropas da Ucrânia e encerre a guerra.
Também na semana passada, Bolsonaro anunciou a concessão de vistos humanitários a ucranianos e apátridas que fogem da guerra.
No Brasil há uma colônia de 600.000 ucranianos, grande parte no estado do Paraná (sul).
Uma semana antes da invasão, Bolsonaro se encontrou com o presidente Vladimir Putin em uma visita a Moscou que foi questionada pelos Estados Unidos.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 2,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia até esta quinta-feira desde o início da invasão há duas semanas.