A organização com sede em Paris pediu "ao resto da mídia bloqueada para dar sinais de vida" para que eles possam ser "reconectados" novamente.
"Para combater a censura de sites de notícias independentes na Rússia", a RSF "desbloqueou o Meduza.io, o meio de comunicação russo mais popular", com sede em Riga, Letônia, disse a organização em comunicado.
As autoridades russas limitaram o acesso aos sites de quatro veículos de comunicação independentes em 4 de março: Meduza - cuja página inicial era completamente inacessível -, as transmissões em russo da BBC e da emissora internacional alemã Deutsche Welle (DW) e Radio Svoboda, antena russa da Rádio France International
Meduza, "que afirma receber mais de 13 milhões de visitantes por mês" foi descrita como "'agente estrangeiro' por cerca de um ano", lembra RSF.
Sua reconexão faz parte de uma operação chamada Collateral Freedom (Collateral Freedom) que visa contornar a censura na internet por meio do suporte técnico de hackers e engenheiros em vários países europeus.
A forma de conseguir isso é colocar rapidamente online "uma cópia exata de um site censurado e hospedá-lo em redes de distribuição de conteúdo (CDNs) que também contêm uma infinidade de serviços e, portanto, não são censurados", explica a organização de defesa da liberdade de imprensa.
O governo russo aprovou em 4 de março, uma semana após o início da "operação militar especial" na Ucrânia, uma lei que prevê até 15 anos de prisão para quem publicar "informações falsas".
PARIS