Boric e a primeira-dama, Irina Karamanos, receberam um a um os pedidos e os bons votos de sete povos indígenas representados do Chile, sentados no centro de um círculo para realizar o ato, privado, realizado em um dos pátios da sede do Executivo.
"Gerar um trabalho intercultural e uma nova relação entre o governo e os povos originários é vital para a construção de um Chile justo e digno", postou o presidente no Twitter junto com fotos da cerimônia.
"São gestos muito relevantes e nosso governo o faz com muita humildade", disse à imprensa a ministra do Interior, Izkia Siches, sobre a oração ecumênica, que contou com a presença de representantes dos povos yagán, lican antai, mapuche pewenche, rapa nui, mapuche lafkenche, diaguita e Mapuche füta warria.
Em comunicado, a Presidência enfatizou que "a cerimônia multicultural enquadra-se em uma nova concepção do território como multinacional, onde se buscará o respeito, o diálogo e a participação".
"O objetivo é iniciar por meio de uma cerimônia em que os diversos povos indígenas, por meio de sábios(as), representantes e autoridades ancestrais, dirigem e entregam saudações, mensagens, orações e felicitações por meio de palavras elementos simbólicos ao Presidente como um veículo de um novo começo", completou.
O ministro dos Transportes, Juan Carlos Muñoz, e a de Meio Ambiente, Maisa Rojas, destacaram-se no primeiro dia de trabalho por irem ao palácio presidencial, no centro de Santiago, usando o transporte público: ônibus no caso dele e bicicleta e metrô no dela.
Ao final da cerimônia e após a foto protocolar com ministros e vice-ministros, o presidente dirigiu-se à Catedral de Santiago para acompanhar os membros do seu gabinete, composto por 14 mulheres e 10 homens, para assistir à tradicional cerimônia católica da "oração pelo Chile".
Twitter