Em uma reunião entre a chefe de gabinete das Relações Exteriores, Luciana Tito, e o representante para a América do Sul do ACNUR, Juan Carlos Murillo, "procuraram identificar programas e recursos disponíveis para poder responder imediatamente à demanda de assistência humanitária que a Argentina poderia receber".
O texto lembra que a Argentina trabalhou com o ACNUR em "programas de reassentamento e vistos humanitários nas modalidades de patrocínio comunitário de cidades e províncias solidárias".
Assim, a Argentina "junta-se à busca de oportunidades de reassentamento e canais complementares de admissão para cidadãos ucranianos que precisam de proteção internacional", informou.
Até a última quarta-feira, o ACNUR informou que 2.011.312 de pessoas deixaram a Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro e que a Polônia recebeu mais da metade (1.204.403).
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina informou na sexta-feira o envio à Polônia na próxima semana de ajuda humanitária para os refugiados ucranianos. A Romênia e a Moldávia são os outros dois principais destinos.
Filippo Grandi, diretor do ACNUR, celebrou nessa mesma quarta-feira a recepção "exemplar" destes três países, que "até o momento" estavam conseguindo gerenciar a chegada de refugiados.
Ele enfatizou que "muitos chegam de carro e, sobretudo, têm conexões, podem ir aonde têm família, amigos", mas alertou que "se a guerra continuar", começaremos "a ver pessoas sem recursos nem conexões", o que "será um problema muito difícil para os países europeus gerenciarem".