A polícia informou que dois membros da Frente de Resistência Nacional (FRN) foram presos por vínculos com o assassinato de sete trabalhadores encarregados de vacinar a população contra a poliomielite na província de Kunduz (norte), em 24 de fevereiro.
A oposição FRN recuou para o vale de Panshir, que caiu para os islâmicos em setembro, semanas após a capitulação do governo afegão anterior.
Vários profissionais de saúde foram mortos em ataques separados enquanto realizavam uma campanha de vacinação de casa em casa.
"Os detidos confessaram o crime e disseram que mataram os agentes de vacinação contra a poliomielite depois de receber ordens de seus líderes da Frente de Resistência na província", disse à AFP o porta-voz da polícia de Kunduz, Qari Obaidullah Abedi.
De acordo com o porta-voz, os detidos também confessaram que foram "pagos" por esses assassinatos.
O FRN rejeitou as acusações como "propaganda do Talibã".
"A Frente de Resistência Nacional condena os perpetradores desses ataques e acreditamos firmemente que foi realizado pelo Talibã ou por um de seus parceiros terroristas", disse à AFP Ali Nazary, porta-voz da FRN.
A FRN é liderada pelo filho do lendário comandante anti-Talibã Ahmad Shah Masud, que foi assassinado pela Al Qaeda em 2001.
No total, oito profissionais de saúde da campanha de vacinação contra a poliomielite foram mortos em 24 de fevereiro, sete deles em Kunduz e um na província vizinha de Tahar.