Jornal Estado de Minas

KONDUZ

Grupo afegão antitalibã nega ter matado profissionais da saúde

Um grupo afegão de oposição ao governo talibã negou neste domingo (13) ter matado agentes da campanha de vacinação contra a poliomielite, algo pelo qual a polícia os acusou.



A polícia informou que dois membros da Frente de Resistência Nacional (FRN) foram presos por vínculos com o assassinato de sete trabalhadores encarregados de vacinar a população contra a poliomielite na província de Kunduz (norte), em 24 de fevereiro.

A oposição FRN recuou para o vale de Panshir, que caiu para os islâmicos em setembro, semanas após a capitulação do governo afegão anterior.

Vários profissionais de saúde foram mortos em ataques separados enquanto realizavam uma campanha de vacinação de casa em casa.

"Os detidos confessaram o crime e disseram que mataram os agentes de vacinação contra a poliomielite depois de receber ordens de seus líderes da Frente de Resistência na província", disse à AFP o porta-voz da polícia de Kunduz, Qari Obaidullah Abedi.

De acordo com o porta-voz, os detidos também confessaram que foram "pagos" por esses assassinatos.

O FRN rejeitou as acusações como "propaganda do Talibã".

"A Frente de Resistência Nacional condena os perpetradores desses ataques e acreditamos firmemente que foi realizado pelo Talibã ou por um de seus parceiros terroristas", disse à AFP Ali Nazary, porta-voz da FRN.

A FRN é liderada pelo filho do lendário comandante anti-Talibã Ahmad Shah Masud, que foi assassinado pela Al Qaeda em 2001.

No total, oito profissionais de saúde da campanha de vacinação contra a poliomielite foram mortos em 24 de fevereiro, sete deles em Kunduz e um na província vizinha de Tahar.