Jornal Estado de Minas

NOVA YORK

Rússia ameaça empresas ocidentais com detenções e embargos, afirma WSJ

As autoridades russas, que enfrentam uma calamidade econômica potencial pelas sanções ocidentais, ameaçaram empresas estrangeiras no país com detenções e embargos de ativos, informou o Wall Street Journal (WSJ).



Os promotores russos emitiram advertências a várias entidades estrangeiras por meio de ligações, cartas e visitas pessoais, incluindo empresas como Coca-Cola, McDonald's, Procter & Gamble, IBM e Yum Brands, a matriz das redes KFC e Pizza Hut, de acordo com o jornal econômico, que cita fontes próximas ao tema.

"As advertências levaram ao menos uma das empresas no alvo a limitar as comunicações entre seu negócio na Rússia e o restante da empresa, por medo de interceptação das correspondências ou mensagens de texto entre funcionários", afirmaram as fontes ao WSJ.

A embaixada da Rússia nos Estados Unidos classificou a publicação como "falsa".

"Pedimos à imprensa local que abandone a má prática de propagar notícias falsas. A notícia do Wall Street Journal é pura ficção", afirmou a embaixada no Facebook.



A Rússia enfrenta sanções sem precedentes impostas pelos governos ocidentais após a invasão da Ucrânia, além de uma lista crescente de empresas que anunciaram a saída do país ou planos para encerrar as atividades comerciais.

As autoridades russas intensificam os esforços para evitar a fuga de capital e para dar suporte ao rublo, que registra uma forte desvalorização em relação ao dólar.

Sem usar a palavra "nacionalização", o presidente russo Vladimir Putin se expressou a favor de nomear administradores "externos" para comandar estas empresas estrangeiras na Rússia com o objetivo de "transferi-las para para aqueles que querem fazê-las funcionar".

O Ministério Público ordenou na sexta-feira um "controle rigoroso" das empresas que anunciaram a suspensão de suas atividades na Rússia, com uma advertência especial para um maior controle do cumprimento da legislação trabalhista, sob pena de processo.

Coca-Cola, McDonald's, Procter & Gamble e Yum Brands não responderam até o momento aos pedidos de comentários da AFP.

MCDONALD'S

PROCTER & GAMBLE

COCA-COLA

YUM! BRANDS

IBM