Os promotores russos emitiram advertências a várias entidades estrangeiras por meio de ligações, cartas e visitas pessoais, incluindo empresas como Coca-Cola, McDonald's, Procter & Gamble, IBM e Yum Brands, a matriz das redes KFC e Pizza Hut, de acordo com o jornal econômico, que cita fontes próximas ao tema.
"As advertências levaram ao menos uma das empresas no alvo a limitar as comunicações entre seu negócio na Rússia e o restante da empresa, por medo de interceptação das correspondências ou mensagens de texto entre funcionários", afirmaram as fontes ao WSJ.
A embaixada da Rússia nos Estados Unidos classificou a publicação como "falsa".
"Pedimos à imprensa local que abandone a má prática de propagar notícias falsas. A notícia do Wall Street Journal é pura ficção", afirmou a embaixada no Facebook.
A Rússia enfrenta sanções sem precedentes impostas pelos governos ocidentais após a invasão da Ucrânia, além de uma lista crescente de empresas que anunciaram a saída do país ou planos para encerrar as atividades comerciais.
As autoridades russas intensificam os esforços para evitar a fuga de capital e para dar suporte ao rublo, que registra uma forte desvalorização em relação ao dólar.
Sem usar a palavra "nacionalização", o presidente russo Vladimir Putin se expressou a favor de nomear administradores "externos" para comandar estas empresas estrangeiras na Rússia com o objetivo de "transferi-las para para aqueles que querem fazê-las funcionar".
O Ministério Público ordenou na sexta-feira um "controle rigoroso" das empresas que anunciaram a suspensão de suas atividades na Rússia, com uma advertência especial para um maior controle do cumprimento da legislação trabalhista, sob pena de processo.
Coca-Cola, McDonald's, Procter & Gamble e Yum Brands não responderam até o momento aos pedidos de comentários da AFP.
MCDONALD'S
PROCTER & GAMBLE
COCA-COLA
YUM! BRANDS
IBM
NOVA YORK