Braun e outros dois ex-diretores também acusados são suspeitos de terem cometido uma série de crimes passíveis de pena de prisão, informou a Promotoria de Justiça Criminal de Munique, em um comunicado.
Entre estes crimes, estariam os de fraude em grupo organizado e de manipulação do mercado.
A Wirecard, uma das joias alemãs dos pagamentos digitais, entrou em colapso em junho de 2020, quando seus diretores confessaram que 1,9 bilhão de euros em ativos - 25% do total - de fato não existiam.
Essa falência foi, como o próprio governo alemão admitiu, "o maior escândalo financeiro" já ocorrido no país.
Desde então, a Justiça alemã faz uma complexa investigação criminal, com múltiplas ramificações internacionais, para estabelecer as responsabilidades.
Com a acusação de 474 páginas concluída, cabe agora ao tribunal decidir o futuro dos denunciados e quem deverá comparecer em juízo.
As pessoas envolvidas "dentro e fora da Wirecard AG trabalharam durante anos para que a empresa fosse percebida como uma empresa de crescimento rápido e próspero, o que permitiu sua inclusão no DAX-30", o índice dos maiores títulos cotados na Alemanha, ressaltou o Ministério Público.
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FRANKFURT