"Pedimos decisões mais duras. Pedimos que adotem uma decisão sobre a expulsão imediata da Rússia do Conselho da Europa", afirmou por videoconferência à Assembleia Parlamentar da organização pan-europeia.
Em um discurso no lugar do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Shmyhal exortou os países a agir para impedir "a agressão antes que haja uma catástrofe nuclear ou toda a Europa esteja em chamas".
O Comitê de Ministros, seu órgão executivo, já havia decidido em 25 de fevereiro, um dia após a invasão, "suspender" a participação da Rússia nos principais órgãos do Conselho da Europa.
A medida afeta especificamente o Comitê de Ministros e a Assembleia Parlamentar, mas não o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH), o que permite que continue oferecendo proteção aos cidadãos russos.
A secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejcinovic, disse à AFP no início deste mês que "cada vez mais vozes" estão pedindo para ir mais longe e expulsar a Rússia da organização, algo sem precedentes.
A organização, criada em 1949 no contexto da Guerra Fria e que reúne 47 países, já adotou sanções contra a Rússia após a anexação em 2014 da então península ucraniana da Crimeia.
A delegação russa na Assembleia Parlamentar foi então privada do seu direito de voto. Em resposta, Moscou suspendeu sua contribuição ao orçamento da organização.
Após cinco anos de crise, a disputa foi resolvida e a delegação russa voltou a fazer parte do órgão deliberativo do Conselho, órgão que não está vinculado às instituições da União Europeia (UE).
ESTRASBURGO