(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CERCA DE LEÓPOLIS

Recrutas e veteranos ucranianos em pé de guerra perto de Lviv


18/03/2022 11:59

As lutas ainda estão longe, mas parecem se aproximar a cada dia. No oeste da Ucrânia, perto de Lviv, recrutas e veteranos se preparam para enfrentar o inimigo russo.

Em uma localidade mantida em segredo, jovens e não tão jovens são treinados em atividades como manuseio e limpeza de armas, sessões de tiro e viagens em zonas de guerra.

"Essas formações são realizadas 24 horas por dia, sete dias por semana, porque não sabemos quanto tempo temos para nos preparar para a batalha", explica Taras Ishchyk, 27, chefe de comunicação desta brigada de defesa territorial regional.

"Temos que treinar cada vez mais, a guerra continua e temos que nos preparar para diferentes cenários", acrescenta o jovem, de cabelos castanhos e bigode.

Em toda a Ucrânia, a defesa territorial é composta por milhares de voluntários, homens e mulheres, com idades entre 18 e 60 anos e mobilizados nas cidades e vilas onde residem.

Foi inicialmente criada por voluntários em 2014, quando a Crimeia foi anexada pela Rússia e o conflito com separatistas pró-russos no leste do país começou. Mais tarde, ela foi integrada às forças armadas do país.

Por enquanto, a região de Lviv foi poupada dos combates que estão ocorrendo particularmente mais ao leste, ao redor da capital, Kiev, e em várias cidades sitiadas no sul.

Mas os militares russos também estão realizando ataques nessa área, apesar de sua proximidade imediata com a Polônia e, portanto, com as fronteiras da Otan.

Nesta sexta-feira, mísseis de cruzeiro russos, lançados do Mar Negro, a centenas de quilômetros de distância, atingiram - segundo as autoridades ucranianas - uma fábrica perto do aeroporto de Lviv, destruindo-a.

Em 13 de março, mais tiros russos atingiram uma importante base militar na região, causando pelo menos 35 mortes e 134 feridos.

Moscou afirma que "eliminou" combatentes estrangeiros e destruiu armas fornecidas por países ocidentais, declarações negadas pelo governo ucraniano.

- Medo dos "sabotadores" -

Para o voluntário Taras Ishchyk, outro risco importante que deve ser levado em conta, além dos bombardeios, é a possível chegada de grupos de "sabotadores" russos que se infiltrariam nas fileiras ucranianas para semear distúrbios.

Em meio a vários prédios abandonados, oito soldados de seu grupo treinam para se deslocar em formação ou dois a dois, apontando armas automáticas e vestidos com uniformes completos de combate, com capacete e braçadeira azul.

Um soldado, que se apresenta usando seu nome de guerra, "Krim" (Crimeia), concentrado, recarrega sua kalashnikov com cartuchos.

Natural da península anexada por Moscou, este voluntário de 45 anos já participou da guerra em 2014 e 2015, até ser declarado inapto por ter sido ferido por estilhaços de um morteiro.

Há apenas um mês, Krim era sapateiro, mas decidiu pegar em armas novamente quando a invasão começou. "Prefiro a democracia ao totalitarismo", resume Krim.

Nem todos em sua família concordam com sua decisão. Sua filha, que voltou para a Crimeia com a família, "não tem a mesma opinião", diz ele.

"Bender", de 40 anos, diz que levava "uma vida pacífica" e que até três semanas atrás não tinha experiência militar. Ele cuidava de seus quatro filhos e trabalhava no setor imobiliário.

"No fundo, eu estava pronto para entrar nas fileiras há muito tempo", diz o recruta, equipado com óculos de proteção.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)