Jornal Estado de Minas

PETRÓPOLIS

Pelo menos 5 mortos em Petrópolis após fortes chuvas

Pelo menos cinco pessoas morreram em decorrência de enchentes devido às fortes chuvas de domingo em Petrópolis, informaram as autoridades do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (21) sobre a cidade serrana que registrou em fevereiro a pior tragédia de sua história, com 233 mortos.



"Até agora, cinco vítimas foram encontradas mortas", explicaram o governo do Estado, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros Militar em nota. Além disso, "há um registro de três pessoas desaparecidas" no centro da cidade, acrescentaram em uma nota posterior, depois que uma pessoa foi resgatada.

Do outro lado do estado, no litoral de Angra dos Reis, duas pessoas morreram após uma árvore cair com a força das chuvas em seu carro.

Até esta segunda-feira à tarde, a Defesa Civil havia registrado 126 ocorrências em Petrópolis, mais de 100 por deslizamentos de terra.

Vídeos gravados por moradores locais e postados nas redes sociais mostraram ruas transformadas em rios com a água destruindo tudo em seu caminho, imagens semelhantes às registradas há pouco mais de um mês.

As cruzes plantadas em uma praça em homenagem às vítimas de fevereiro também foram levadas pela água.



Em 24 horas, caíram 534,6 milímetros de chuva em Petrópolis, segundo a Defesa Civil, que mantém o alerta de alto risco de deslizamento diante de uma previsão de chuvas moderadas na região.

A prefeitura da antiga cidade imperial, um histórico destino turístico ao norte do Rio de Janeiro, abriu 13 centros de apoio no domingo diante das previsões de chuva, onde foram atendidos 643 pessoas, de acordo com o último relatório.

O governo estadual montou um gabinete de crise e reforçou as equipes de bombeiros, máquinas e equipamentos para os trabalhos de auxílio no local, explicou no Twitter o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.

Cerca de 150 militares realizaram resgates pela manhã, com o apoio das forças especializadas.

Petrópolis foi atingida em 15 de fevereiro pela pior tempestade desde 1932, que provocou deslizamentos de terra em bairros construídos nas encostas de morros e enchentes. Cerca de 233 mortos foram registrados.

Segundo cientistas, as mudanças climáticas estão agravando a frequência e a intensidade das chuvas.