Jornal Estado de Minas

HISTÓRIA

Otan: entenda a história da aliança militar liderada pelos EUA

Criada em 1949, durante a Guerra Fria, a Organização do Atlântico Norte (Otan) é uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Seu objetivo é “garantir a liberdade e a segurança de seus membros por meios políticos e militares”, segundo seu site oficial






Originalmente, a Otan foi formada por 12 membros-fundadores. Da lista, somente os Estados Unidos não pertence ao continente europeu. 
 
 

Intervenções militares 


Em um contexto histórico de Guerra Fria entre os blocos capitalista e socialista, a Otan foi criada com o objetivo de impedir o avanço da União Soviética e garantir a proteção de países-membros contra eventuais agressões do bloco. 

Com a nova ordem mundial, seu objetivo é garantir a base política de segurança dos países integrantes.

Embora criada durante a Guerra Fria, o grupo só conduziu operações militares após seu fim, em 1991. Desde então, foram realizadas intervenções nas guerras da Bósnia (1992), Kosovo (1998), Afeganistão (2001) e Líbia (2011). 





Com base no pacto, os países-membros têm a obrigação de intervir politicamente e militarmente, caso necessário, se um membro foi atacado por um inimigo que não faz parte da aliança. 

“As partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e, consequentemente, concordam em que, se um tal ataque armado se verificar, cada uma, no exercício do direito de legítima defesa, individual ou coletiva”, firma o documento. 

Militarmente, a aliança atua com a soma das tropas dos países-membros. Pelo acordo, cada país é obrigado a investir 2% do próprio PIB em gastos com a Defesa. 

Ucrânia: invasão russa não ameaça a integridade da Otan  


A Ucrânia, país sob invasão russa há um mês, é uma parceira da Otan, mas não chegou a se tornar um país-membro. O título não a torna parte da aliança militar, por isso os Estados Unidos e outras potências não são obrigadas a intervir no conflito. 





No último dia 25,  o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ao comentar a invasão russa citou o artigo 4 do Pacto: “As Partes se consultarão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes”.

Ou seja, embora a Ucrânia seja uma “parceira”, a Organização pode concluir que a invasão das tropas russas ao país não representa uma ameaça à integridade territorial ou política dos países-membros.