A Audiência Nacional, jurisdição de Madri responsável pelas extradições, "decidiu-se pela suspensão da extradição do militar venezuelano", depois que o TEDH comunicou esta "medida cautelar", concedida em resposta a um recurso de Carvajal, informa a nota divulgada pela Justiça espanhola.
Com esta decisão, volta à tona a saga judicial na Espanha do chefe dos serviços de inteligência venezuelanos sob a presidência do falecido Hugo Chávez (1999-2013), que foi preso em abril de 2019 a pedido dos Estados Unidos.
Em dezembro, a Audiência Nacional afirmou que a extradição era iminente, depois que Carvajal esgotou as vias legais na Espanha para impedi-la.
A batalha judicial incluiu vários recursos de Carvajal, inclusive sua fuga, já que ficou foragido por mais de vinte meses desde que a Audiência Nacional aprovou inicialmente sua extradição em novembro de 2019.
Em sua fuga, o general aposentado de 61 anos realizou operações de cirurgia estética, usava bigodes e perucas falsas e mudava de endereço a cada três meses, segundo a polícia, que o prendeu novamente em Madri em setembro do ano passado.
Por muitos anos uma figura de peso no governo chavista, Carvajal é acusado pelos Estados Unidos de ter pertencido a um cartel junto com outros altos funcionários, traficando drogas com a antiga guerrilha colombiana das FARC.
Carvajal, que fugiu da Venezuela por mar depois que, em fevereiro de 2019, reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente, e não Nicolás Maduro, pupilo de Chávez, se manteve ativo nas redes sociais, sempre negando as acusações que enfrenta.
MADRI