(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas WASHINGTON

EUA anunciam novas sanções contra Mianmar por 'genocídio' da minoria rohingya


25/03/2022 14:08

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (25) que adotaram novas sanções contra Mianmar, dias depois que acusaram oficialmente os militares birmaneses de terem cometido um "genocídio" contra a minoria muçulmana rohingya.

O Departamento do Tesouro sancionou "cinco pessoas e cinco entidades ligadas ao regime militar birmanês", disse Brian Nelson, o subsecretário para Terrorismo e Inteligência Financeira da entidade, em comunicado. Entre eles há dois comandantes militares e uma divisão de infantaria, além de três empresários.

As novas sanções contemplam o congelamento de qualquer ativo nos Estados Unidos e impedem qualquer transação com cidadãos americanos.

"Os Estados Unidos concluíram que o exército birmanês cometeu genocídio, crimes contra a humanidade e uma limpeza étnica contra os rohingyas", assim como "atrocidades e outros abusos contra integrantes de outros grupos étnicos e religiosos minoritários durante décadas", afirmou o Departamento do Tesouro.

Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, anunciou na segunda-feira que o governo havia estabelecido que "membros do exército birmanês cometeram genocídio e crimes de lesa-humanidade contra os rohingyas em 2016 e 2017".

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia, o tribunal supremo das Nações Unidas, está realizando procedimentos para determinar se o governo birmanês foi culpado desse crime.

Entre as novas entidades sancionadas pelo Tesouro americano está a 66ª Divisão de Infantaria Leve (66 LID), uma unidade militar com sede no cantão de Pyay, no sul de Mianmar.

O Tesouro americano a considera "responsável ou cúmplice de ter utilizado direta ou indiretamente a tortura em Mianmar".

Os EUA alegam que os membros dessa divisão são acusados "de realizar o 'Massacre da Véspera de Natal' de 2021, no qual civis dos municípios de Pyay e Hpruso, no estado de Karen, foram capturados, torturados e assassinados", inclusive mulheres, crianças e trabalhadores humanitários.

Washington também sancionou líderes e funcionários das forças militares e de segurança de Mianmar, entre eles "Ko Ko Oo, responsável pelo Comando Central e chefe do Departamento de Tecnologia do Ministério de Defesa, e o general de divisão Zaw Hein, a cargo do Comando Nay Pyi Taw".

Além disso, sancionou pessoas acusadas de fornecer armas e equipamentos ao regime militar de Mianmar, como Naing Htut Aung, um traficante de armas que obteve equipamentos de empresas chinesas.

Desde o golpe militar em fevereiro de 2021, o governo do democrata Joe Biden vem adotando uma série de sanções contra as autoridades birmanesas, em particular contra os hierarcas militares e a Junta no poder.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)