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Estado de Minas MADRI

Espanha anuncia pacote de EUR 16 bilhões para compensar impacto da guerra na Ucrânia


28/03/2022 13:14

Enfrentando um mal-estar social, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou um plano de ajudas diretas de 6 bilhões de euros (6,5 bilhões de dólares) para residências e empresas, que inclui subsídios para combustíveis, para compensar o impacto econômico provocado pela guerra na Ucrânia.

O plano, que será adotado, na terça-feira, no Conselho de Ministros, prosseguirá "até 30 de junho" e vai incluir também 10 bilhões de euros (10,9 bilhões de dólares) em crédito garantido pelo Estado, anunciou o líder socialista em um fórum econômico em Madri.

Entre as principais medidas estão o subsídio de 20 centavos de euro sobre os combustíveis, dos quais 15 centavos serão financiados pelo Estado e os outros 5 pelas empresas de petróleo.

O governo havia anunciado medida similar, na quinta-feira passada, mas esta só atingia o setor dos transportes.

Agora, as medidas se estendem a cidadãos e demais empresas em um momento em que o preço da gasolina alcançou, nesta segunda, uma média de 1,84 a 1,98 euros (2,02 a 2,217 dólares) por litro, segundo a página especializada dieselogasolina.com.

O plano prolongará também, até 30 de junho, as reduções de impostos em vigor desde o verão passado, destinadas a diminuir a fatura da luz. Incluem um corte do IVA sobre a energia e a suspensão de um imposto sobre a produção de eletricidade.

O pacote também contém 362 milhões de euros (368 milhões de dólares) em ajudas para o setor da agricultura, 68 milhões de euros (75 milhões de dólares) para a pesca e prevê um limite de 2% nos aumentos dos aluguéis, assim como um incremento de 15% no valor da renda mínima de subsistência para as famílias mais vulneráveis.

Incluindo os 10 bilhões de euros em créditos facilitados pelo Estado, são em total "16 bilhões de euros (17.575 bilhões de dólares)" destinados a "amortizar o impacto da crise sobre as famílias e sobre nossas empresas", disse Sánchez.

- Mal-estar social -

A principal formação de oposição, o Partido Popular (PP, conservadores), criticou que o plano não contemple baixas significativas de impostos.

Alberto Nuñez Feijóo, que deve ser eleito líder do PP em um congresso em 1 e 2 de abril, exigiu do governo que "explique exatamente o quê vai ser feito depois" que a inflação alcançou em fevereiro o seu nível mais elevado, em 35 anos, na casa dos 7,6%.

Por sua vez, a associação de consumidores Facua julgou "insuficiente" o pacote de Sánchez.

O primeiro-ministro, que enfrenta há semanas uma onda de mal-estar social sem precedentes desde sua chegada ao poder em 2018, anunciou em 2 de março este "plano nacional", porém ainda não havia revelado até agora seu alcance e conteúdo.

Para fazê-lo, quis esperar a negociação de medidas, em matéria energética, com seus sócios europeus durante a reunião que aconteceu em 24 e 25 de março. Nesta reunião, a União Europeia outorgou um "tratamento especial" a Espanha e a Portugal para implementar políticas imediatas que permitem os dois países reduzir o preço da energia elétrica.

Sanchéz disse que prevê apresentar "nesta mesma semana" à Comissão Europeia o mecanismo "temporal" para fixar os preços.

A Espanha, que enfrenta, desde 14 de março, uma greve indefenida de um coletivo minoritário de transportadores, teve que lidar, também na semana passada, com queixas de pescadores assim como de agricultores, afetados pela alta dos fertilizantes e do combustível.

Apesar de pôr na mesa, na sexta-feira, 1 bilhão de euros (1.1 bilhão de dólares) para reduzir o preço diesel, o governo não conseguiu pôr fim à greve dos caminhoneiros, que prosseguiu até segunda. Em alguns supermercados faltou produtos e algumas empresas tiveram que parar suas atividades.


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