"Onze supostos membros" da Segunda Marquetalia foram mortos durante operações em Puerto Leguízamo, departamento de Putumayo (sul), informou o Exército a jornalistas.
Comandada pelo ex-número dois das Farc, Iván Márquez, a organização é uma das facções rebeldes que pegaram em armas após o acordo de paz de 2016.
Soldados do Exército, da Aeronáutica e do Ministério Público participaram da ação. Quatro outros guerrilheiros "feridos nos combates" foram presos.
O general Alberto Rodríguez explicou que os alvejados estavam seguindo ordens do pseudônimo "Bruno", líder encarregado de "receber a pasta-base de coca", um dos componentes da cocaína, "para comercializá-la" naquela região do país.
Putumayo, na fronteira com o Peru e o Equador, é uma das regiões com mais cultivos do maior exportador de drogas do mundo.
Os dissidentes disputam as receitas do narcotráfico e de outras economias ilegais com o ELN, a última guerrilha reconhecida na Colômbia.
Após deixar o processo de paz, no qual atuou como líder negociador, Márquez fundou a Segunda Marquetalia na companhia de ex-líderes das Farc.
Pelo menos dois deles foram mortos recentemente na Venezuela por disputas relacionadas a drogas, segundo Bogotá.
Segundo as autoridades colombianas, Márquez se refugia no país petrolífero com a proteção do presidente Nicolás Maduro, que nega essas alegações.
A ONG Indepaz calcula que os dissidentes tenham cerca de 2.500 homens e mulheres sem comando unificado, embora apontem um enfraquecimento de sua estrutura devido aos constantes embates contra o ELN.
O governo colombiano do conservador Iván Duque respondeu com fogo aos guerrilheiros que não assinaram a paz.
Em fevereiro, uma ação militar resultou na morte de 23 integrantes dos grupos dissidentes que atuam em Arauca, na fronteira com a Venezuela.
BOGOTÁ