Todo o ano, dezenas de milhares de russos com idades entre 18 e 27 anos são convocados pelo Exército durante dois períodos de recrutamento, na e no outono e primavera no Brasil, respectivamente).
Para esta convocação da primavera de 2022, o presidente Vladimir Putin estabeleceu como objetivo enviar 134.500 jovens para o serviço militar, de acordo com um decreto publicado pelo Kremlin.
Muitos russos conseguem, no entanto, evitar o serviço militar, pagando propina, obtendo dispensa médica, ou por estar na faculdade.
Em 9 de março, o Ministério da Defesa reconheceu que havia recrutas combatendo na Ucrânia e que alguns haviam sido feitos prisioneiros. O Exército assegurou que eles foram enviados para o "front" por engano e foram repatriados.
O governo russo afirma que, segundo as instruções de Putin, apenas soldados e oficiais que assinaram um contrato estão no terreno na Ucrânia neste momento.
Vários jornais russos independentes relataram casos de recrutas que foram obrigados, ou estimulados, a assinar um contrato e, na sequência, enviados para a frente de guerra.
Em 29 de março, o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, reiterou que nenhum recruta será enviado para "zonas quentes", acrescentando que aqueles, cujo serviço militar termina nesta primavera, serão colocados como reservistas e mandados para casa.