Em nota, o governo israelense celebrou o pacto, destinado a suprimir os direitos alfandegários sobre "95% dos produtos" de intercâmbio entre os novos sócios, cujo comércio alcançou US$ 900 milhões em 2021, segundo dados oficiais israelenses.
As negociações para o acordo de livre-comércio começaram em novembro e terminaram nesta sexta-feira após quatro rodadas. A principal delas foi entre o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohamed bin Zayed Al-Nahyan, em 21 e 22 de março no Egito.
"As boas relações entre nossos países se veem hoje reforçadas por este acordo de livre-comércio, que vai melhorar significantemente a cooperação econômica em benefício dos cidadãos de ambos os países", disse Bennett em uma nota divulgada pelo governo israelense, classificando este acordo de "histórico".
"Este acordo-chave (...) consolida uma das relações comerciais mais promissoras e importantes do mundo", comentou o secretário emiradense de Estado do Comércio Exterior, Thani al-Zeyudi, no Twitter.
Emirados e Bahrein normalizaram suas relações com Israel em 2020, no âmbito de uma série de acordos negociados sob mediação dos Estados Unidos. Marrocos seguiu o exemplo de ambos. Já o Sudão aceitou normalizar os laços com Israel, mas ainda não concluiu o acordo.
No início da semana, os chefes da diplomacia de Estados Unidos, Israel, Emirados, Bahrein, Marrocos e Egito - país que assinou um acordo de paz com o Estado israelense há mais de 40 anos - se reuniram no sul de Israel, em uma cúpula sem precedentes destinada a reforçar sua cooperação.
JERUSALÉM