"O núncio apostólico, monsenhor Joseph Spiteri, informou ao presidente da República, Michel Aoun, que o Papa Francisco irá ao Líbano em junho", para uma visita muito aguardada pelo povo libanês, indicou a presidência. A data precisa e o programa da visita serão comunicados posteriormente.
O Vaticano não confirmou a viagem do Papa, mas costuma fazê-lo quando a data da visita está mais próxima.
O Líbano, país de 6 milhões de habitantes, abriga uma das maiores comunidades cristãs do Oriente Médio. O país é considerado relativamente liberal, em meio a uma região majoritariamente conservadora, que abriga 18 comunidades religiosas.
"Os libaneses esperam por essa visita há muito tempo e querem expressar sua gratidão pelas posições de sua santidade em relação ao Líbano e ao seu povo, assim como pelas suas iniciativas e orações a favor do Líbano", declarou o presidente Aoun.
O anúncio teve repercussão rápida nas redes sociais. "Bem-vindo, Papa da paz", tuitou um jovem internauta libanês.
Após uma interrupção devido à pandemia, Francisco retomou suas viagens ao exterior em março de 2021, quando foi ao Iraque, uma visita histórica para um líder católico.
- Mensagens de apoio -
O presidente libanês visitou o Vaticano em março, quando conversou com o Papa sobre os problemas graves em seu país e a situação dos refugiados.
Francisco enviou nos últimos meses mensagens de apoio ao país, mergulhado em uma crise econômica sem precedentes, e manifestou sua intenção de ir ao Líbano.
O Papa recebeu, em julho passado, no Vaticano, nove chefes religiosos cristãos libaneses e enviou uma mensagem de esperança à população.
O Líbano é um destino privilegiado pelos pontífices. Bento XVI esteve no país em setembro de 2012, um ano após a explosão do conflito na vizinha Síria, enquanto João Paulo II esteve em 1997, quando afirmou que "o Líbano é mais do que um país: é uma mensagem".
A visita do Papa Francisco aconteceria semanas após as eleições legislativas de 15 de maio, data esperada por grande parte da comunidade internacional.