Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Absolvidos extremistas acusados de querer sequestrar governadora de Michigan

Dois militantes de extrema direita acusados de ter tramado um complô para sequestrar a governadora de Michigan, a democrata Gretchen Whitmer, foram absolvidos nesta sexta-feira (8) por um júri deste estado do norte dos Estados Unidos, que não pôde se pronunciar sobre a culpa de outros dois acusados.



Após um mês de processo no tribunal federal de Grand Rapids e cinco dias de deliberações, o júri absolveu Daniel Harris e Brandon Caserta, sem conseguir chegar a um veredicto unânime para o caso de Adam Fox e Barry Croft. O juiz Robert Jonker considerou, portanto, nulo, o processo destes últimos.

Os quatro homens pertenciam a um grupo violentamente contrário às medidas restritivas adotadas pela governadora para enfrentar a pandemia de covid-19 e que queria provocar uma "guerra civil" nos Estados Unidos ao sequestrar a política e julgá-la por "traição", segundo a promotoria.

Sua detenção em outubro de 2020 evidenciou a ameaça crescente que as milícias de extrema direita representam, confirmada durante a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Outros dois militantes do grupo se declararam culpados e um já foi condenado a seis anos de prisão. Outros oito, acusados de cumplicidade, serão julgados em um tribunal do estado de Michigan.

Segundo a promotoria, os quatro militantes criticavam a governadora por ser uma "tirana" e tinham contatado um grupo local, os "Wolverine Watchmen", para tentar sequestrá-la e julgá-la.

O grupo pretendia levá-la de sua residência de descanso na região dos Grandes Lagos, aonde foram em duas oportunidades para fazer o reconhecimento do local. Tiraram uma foto de uma ponte que esperavam detonar com explosivos para retardar a chegada da polícia.

Fox, Harris, Caserta e Croft não admitiram sua culpa e asseguraram ter sido enganados por agentes da polícia infiltrados que os teriam levado a cometer crimes.

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