A empresa finlandesa de telecomunicações Nokia anunciou nesta terça-feira (12) que abandonará a Rússia e demitirá parte de seus 2.000 funcionários neste país.
O anúncio da gigante nórdica que emprega 90.000 pessoas em todo o mundo ocorre um dia após sua rival sueca Ericsson decidir suspender indefinidamente suas atividades na Rússia.
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Nokia anuncia plano para cortar até 10.000 empregos em dois anosNasa e Nokia instalarão primeira rede de telefonia móvel na LuaChina ameaça retaliar Nokia e Ericsson se Huawei for barrada na UEA Nokia possui 2.000 funcionários na Rússia, dos quais cerca de 200 trabalham no setor de pesquisa e desenvolvimento, informou uma porta-voz à AFP.
"Infelizmente, nessas circunstâncias, as demissões são inevitáveis. No entanto, propomos transferir alguns cargos fora da Rússia", declarou em um e-mail.
A decisão resultará em uma provisão de 100 milhões de euros (108 milhões de dólares) nas contas do primeiro trimestre da Nokia, que serão publicadas no fim de abril.
A Rússia representou menos de 2% da receita da Nokia em 2021. O grupo mantém as previsões financeiras para 2022 "devido à forte demanda em outras regiões".
Na segunda-feira, a concorrente sueca Ericsson anunciou a suspensão das operações na Rússia por tempo indeterminado e colocou os 600 funcionários no país em licença.
A saída dos dois pesos pesados ocidentais deixa o caminho livre para a líder mundial do setor, a chinesa Huawei. Os três grupos compartilham a maior parte do mercado de instalação de redes 4G e 5G no planeta.
Centenas de empresas, principalmente ocidentais, anunciaram a suspensão das atividades ou a saída da Rússia desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, e as posteriores sanções contra Moscou.