"A Secretaria (da OPAQ) está preocupada com os recentes relatos não confirmados sobre o uso de armas químicas em Mariupol, divulgados pela mídia nas últimas 24 horas", disse a organização em um comunicado.
"Esses relatórios seguem os publicados pela imprensa nas últimas semanas sobre os bombardeios contra fábricas químicas na Ucrânia e as acusações entre as duas partes sobre um possível uso abusivo de produtos químicos tóxicos", acrescentou o texto.
A OPAQ lembrou que seus 193 membros, incluindo Rússia e Ucrânia, "fazem parte da Convenção sobre Armas Químicas, um tratado internacional de grande importância no campo do desarmamento, que está em vigor desde 1997".
Os Estados Unidos mencionaram nesta terça-feira "informações credíveis" sobre a possibilidade de a Rússia estar usando "agentes químicos" em sua ofensiva para controlar a cidade de Mariupol, uma cidade portuária estratégica sitiada por tropas de Moscou há mais de um mês.
Segundo o chefe da diplomacia americana Antony Blinken, "as forças russas poderiam usar diferentes agentes antidistúrbios, incluindo gás lacrimogêneo misturado com agentes químicos que reforçariam os sintomas para fragilizar e imobilizar os combatentes e civis ucranianos como parte de sua campanha agressiva para tomar Mariupol".
"Compartilhamos esta informação com a Ucrânia" e "estamos em contato direto com nossos aliados para determinar o que está acontecendo atualmente, é um tema muito preocupante", declarou Blinken, que afirmou, porém, que não pode confirmar as recentes acusações de que as forças russas já usaram armas químicas em Mariupol.
O porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, afirmou que Washington está "disposto a ajudar" as autoridades ucranianas em sua investigação.