O comitê de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a COVID-19 foi "unânime" ao estimar que não é o "momento de baixar a guarda", declarou nesta quarta-feira (13) seu presidente, Didier Houssin.
Segundo este comitê, a pandemia ainda é uma emergência sanitária que gera preocupação internacional.
Mas, ainda assim, cada vez mais países levantam total ou parcialmente as restrições estabelecidas para controlar o vírus.
"A situação a respeito da COVID-19 está longe de terminar. A circulação do vírus ainda está muito ativa, a mortalidade segue elevada e o vírus evolui de maneira imprevisível", disse o especialista em uma coletiva de imprensa em Genebra.
"Não é o momento de baixar a guarda, essa é uma recomendação extremamente forte do comitê", reforçou o médico, instando os Estados-membros a "revisarem suas políticas nacionais, avaliar suas ações e se preparar para novos esforços".
"Não é o momento de relaxar [as medidas] a respeito deste vírus, nem de descuidar da vigilância, dos testes e dos relatórios. Nem de relaxamento nas medidas sociais e de saúde pública, nem de renúncia na vacinação", pediu o presidente do comitê de emergência.
"Sobre a COVID-19, temos boas notícias", reconheceu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Na semana passada registramos o menor número de mortes por COVID-19 desde os primeiros dias da pandemia", apontou, acrescentando que ainda assim alguns países continuam registrando picos de contágios, o que causa pressão em seus hospitais.
Destacou também que a "capacidade de detectar tendências se encontra comprometida pela importante redução dos testes".
Segundo o último informe semanal sobre a situação epidemiológica, publicado pela OMS na terça-feira (12), o número de casos de COVID-19 seguiu diminuindo pela terceira semana consecutiva, com uma queda total de 24% na semana de 4 a 10 de abril em comparação com a anterior.