O reino "expressa sua firme condenação e sua forte denúncia à incursão das forças de ocupação israelenses na mesquita de Al Aqsa, o fechamento de suas portas e a agressão a fiéis desarmados no recinto da mesquita e em suas esplanadas", assinalou o Ministério das Relações Exteriores marroquino em comunicado.
Mais de 150 palestinos ficaram feridos na sexta-feira nesses enfrentamentos.
Rabat "considera que esta agressão flagrante e esta provocação metódica durante o mês sagrado do Ramadã apenas atiçará os sentimentos de ódio e de extremismo, e acabará com as oportunidades de retomar o processo de paz na região", acrescenta a nota.
O rei Mohammed VI - presidente do comitê Al Quds, responsável por zelar pela proteção dos lugares santos muçulmanos em Jerusalém - ordenou que essa "condenação" fosse comunicada "diretamente ao chefe do escritório de relações israelenses em Rabat", detalhou o ministério.
Além disso, Rabat instou a ONU e a comunidade internacional "a intervirem urgentemente para pôr fim a essas violações e agressões contra o povo palestino".
Marrocos e Israel restabeleceram relações diplomáticas no fim de 2020 dentro de um processo de normalização entre Israel e diversos países árabes, apoiado pelo governo do ex-presidente americano Donald Trump.
A Esplanada das Mesquitas - também denominada Monte do Templo pelos judeus - é o terceiro lugar mais sagrado para o islã. Está situada na Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, um setor palestino ocupado por Israel desde 1967 e que é palco de numerosos enfrentamentos violentos entre policiais israelenses e manifestantes palestinos.