Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, a ONU tem estado marginalizada do conflito, entre outras coisas por causa da ruptura entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, do qual Moscou é membro com Washington, Paris, Londres e Pequim.
"Neste momento de grande perigo em termos de consequências, ele deseja discutir medidas urgentes para trazer paz à Ucrânia e o futuro do multilateralismo com base na Carta das Nações Unidas e no direito internacional", disse o porta-voz.
Antonio Guterres observa "que a Ucrânia e a Federação da Rússia são membros fundadores da ONU e sempre foram fortes apoiadores da ONU", acrescentou.
Com suas cartas entregues às missões diplomáticas russa e ucraniana na ONU, o secretário-geral tenta retomar a iniciativa e relançar o diálogo para uma solução pacífica para a guerra que se intensifica na Ucrânia.
Até agora, Antonio Guterres teve muito pouco contato com o presidente ucraniano, com quem só manteve uma conversa telefônica em 26 de fevereiro.
O presidente russo, por sua vez, recusa qualquer contato com Antonio Guterres, depois que ele o acusou de violar a Carta da ONU ao invadir a Ucrânia.
Na terça-feira, Guterres denunciou a nova ofensiva russa no leste da Ucrânia e pediu a ambos os lados que parem os combates em uma "pausa humanitária" de quatro dias por ocasião da Páscoa ortodoxa.
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