O advogado Arturo Salerni e o representante de várias das vítimas, Jorge Ithurburu, que promoveram o processo na Itália, se reuniram com a Ministra da Justiça do Chile, Marcela Ríos, e a vice-ministra de Direitos Humanos, Haydee Oberreuter.
Além disso, fizeram contato com as partes civis e testemunhas do julgamento, além de conhecer os locais onde ocorreram os fatos.
"Controlamos o processo de extradição aqui no Chile e provavelmente no mês de maio a Suprema Corte chilena poderá julgar os três primeiros pedidos de extradição", disse Salerni, em coletiva de imprensa no Museu da Memória de Santiago.
"Acredito que existem todas as condições previstas no tratado de extradição ítalo-chileno para que essa extradição seja concedida", acrescentou o jurista italiano.
Em julho de 2021, a Justiça italiana solicitou a extradição de três ex-soldados chilenos, condenados à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de dois de seus cidadãos, no âmbito do Plano Condor, uma operação coordenada das ditaduras militares do Cone Sul na década de 1970 para o extermínio de opositores.
Após mais de 20 anos de investigações, a Suprema Corte italiana concluiu o processo no ano passado, sentenciando 24 ex-soldados e repressores latino-americanos, seis deles chilenos, à prisão perpétua.
Os soldados condenados no julgamento são acusados de torturar, fazer desaparecer e assassinar 43 cidadãos latino-americanos de origem italiana na década de 1970: seis argentinos, quatro chilenos e 13 uruguaios, além de outros 20 uruguaios sequestrados na Argentina.