O executivo franco-libanês-brasileiro vive em Beirute desde que fugiu de forma espetacular do Japão em 2019.
Se a ordem de prisão for executada, Ghosn será apresentado diretamente a um juiz de instrução em Nanterre, na região de Paris, que o notificará sobre a investigação.
A justiça francesa investiga pagamentos de quase 15 milhões de euros (US$ 16,3 milhões) considerados suspeitos entre a aliança Renault-Nissan e a distribuidora da montadora francesa em Omã, a Suhail Bahwan Automobiles (SBA).
O juiz de instrução de Nanterre emitiu cinco ordens de prisão internacionais, que além de Ghosn afetam "os atuais proprietários ou os executivos da empresa SBA de Omã".
"Esta ordem é muito surpreendente porque o juiz de instrução e o promotor de Nanterre sabem perfeitamente que Carlos Ghosn, que sempre cooperou com a justiça, tem uma proibição judicial de abandonar o território libanês", afirmou Jean Tamalet, um dos advogados do ex-CEO da Nissan, que trabalha para o escritório King and Spalding.
Como parte da investigação, os magistrados de Nanterre viajaram duas vezes a Beirute.