O porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, disse à imprensa que o papa teve de cancelar sua agenda de hoje para "fazer exames médicos", devido a dores agudas no joelho direito.
Desde o início do ano, Francisco, de 85 anos, sofre de fortes dores no joelho e tem dificuldade para andar, o que marcou todas as cerimônias de 2022.
No Domingo de Ramos, diante de uma multidão de fiéis, passou quase todo o tempo sentado, não pôde andar em procissão, chegou ao altar em um carro preto e estava acompanhado de um ajudante.
As longas cerimônias da Semana Santa foram um peso para o papa, devido à inflamação que sofre desde janeiro no joelho. Por isso, agora raramente se levanta, usa o papamóvel com mais frequência e precisa se apoiar em um assistente.
No domingo, durante a bênção Urbi et Orbi da Praça de São Pedro, diante de um mar de católicos, não conseguiu ler todo seu discurso em pé e teve de se sentar no meio da mensagem da Páscoa.
Francisco, que em março completou seu nono ano de pontificado, também tem problemas crônicos de ciática, que costumam causar-lhe fortes dores. Foi submetido a uma delicada operação do cólon em julho passado.
Em fevereiro deste ano, cancelou uma viagem a Florença, no centro da Itália, devido a uma dor aguda no joelho, "uma gonalgia aguda". Os médicos prescreveram-lhe um período de descanso.
"Me disseram que isso só acontece com os velhos, então não sei por que aconteceu comigo", brincou o pontífice durante uma audiência geral.
O encontro com o chanceler argentino estava marcado para a manhã desta sexta-feira e era considerado uma importante oportunidade para falar da situação política em seu país, na América Latina, assim como do conflito na Europa, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
"Foi suspenso", confirmou uma fonte da Chancelaria à AFP.
Cafiero tem outras reuniões agendadas em Roma. Entre elas, estão um encontro com seu homólogo italiano, Luigi Di Maio, com empresários e com autoridades da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Programa Mundial de Alimentos (PAM) para discutir a crise alimentar mundial provocada pela guerra na Ucrânia.
Também nesta sexta, em entrevista publicada pelo jornal argentino La Nación, o sumo pontífice anunciou o cancelamento de seu segundo encontro, presencial, com o patriarca Cirilo, previsto para junho deste ano, em Jerusalém.
"Nossa diplomacia entendeu que uma reunião dos dois neste momento poderia levar a muita confusão", justificou o papa Francisco.