Cerca de 50.000 pessoas, segundo os organizadores, percorreram os mais de 20 quilômetros entre as duas cidades, num ambiente festivo com inúmeras bandeiras sob o lema: "Pare, a guerra é louca".
"A cada dia que passa, o confronto se torna mais violento e a guerra mais desumana e cega, destruindo qualquer espaço residual para a paz. Por isso, dizemos que deve parar imediatamente", disseram os organizadores em seu site.
"Não é tarde demais, estou convencido de que para esta guerra, nesta situação, ainda há possibilidades, caminhos possíveis para o diálogo, para as negociações. Devemos tentar todos eles, não tenho a impressão de que a corrida armamentista, fornecendo mais armas ainda em ambos os lados, seja a solução", disse à AFP-TV, Marco Moroni, um religioso guarda da Basílica de São Francisco de Assis.
"Espero o que todos esperamos. Um mundo em paz. Um mundo em paz e um mundo que nos permita pensar nos outros grandes problemas do mundo, como a crise climática e o futuro dos jovens", comentou Lorenza Bartolotti, uma aposentada de 73 anos de Ravenna.
"Senti a necessidade de sair para participar desta marcha, tendo em vista tudo o que está acontecendo na Europa, parecia natural para mim fazê-lo, quase um dever", explicou o advogado de Gênova, Luigi Montarsolo, 67.
Poucas horas antes do desfile chegar a Assis, o Papa Francisco pediu mais uma vez, por ocasião da Páscoa ortodoxa - que se celebra neste domingo - uma trégua nos combates na Ucrânia e o fim dos ataques contra "populações exaustas".
Também dirigiu algumas palavras aos "participantes da marcha extraordinária de Perugia a Assis em favor da fraternidade e da paz", a quem "agradeceu" o envolvimento.