"Identificou-se uma briga no interior" da prisão conhecida como El Inca, no norte de Quito, disse o oficial ao canal nacional Teleamazonas. "Há 15 cidadãos privados de liberdade feridos, dos quais dois foram transferidos a casas" de saúde, acrescentou.
Presos membros de diversas gangues ligadas ao tráfico de drogas, que promovem uma guerra pelo poder, protagonizaram os piores massacres carcerários do país, deixando 350 mortos desde fevereiro de 2021.
No confronto de El Inca, não foram utilizadas armas de fogo, de acordo com Bautista.
"Foi possível controlar a situação", afirmou o chefe policial, apontando que os agentes de segurança revistaram as celas e confiscaram 43 armas brancas.
"A situação está controlada", confirmou por Twitter o SNAI, órgão responsável pelas prisões, que se referiu a "incidentes provocados por algumas pessoas privadas de liberdade".
Nesta segunda-feira, também explodiu um veículo em frente a um complexo penitenciário perto de Guayaquil (sudoeste). As autoridades não relataram vítimas nem disseram se seria um ataque com bomba.
Esse grande complexo inclui um centro de segurança máxima, para onde foram transferidos presidiários identificados como líderes de grupos criminosos vinculados ao narcotráfico após o último massacre carcerário no começo de abril, que deixou 20 mortos na prisão de El Turi em Cuenca (sul andino).
Guayas 1, a principal prisão do complexo de Guayaquil, foi cenário dos piores massacres no Equador devido aos conflitos pelo poder entre narcotraficantes. No local, a violência já levou à morte de 232 presos desde fevereiro de 2021.
Em 2021, o Equador teve seu recorde anual de drogas apreendidas, em especial cocaína: 210 toneladas. Em 2022 até o momento, foram confiscadas cerca de 70 toneladas.
Vizinho da Colômbia e do Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, o território equatoriano serve de ponto de saída de carregamentos ilícitos em direção aos Estados Unidos e à Europa, principalmente.
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