A RDC "vive sua 14ª epidemia desde 1976", informou a OMS em um comunicado, que enfatizava que "ao longo dos anos (...) o país desenvolveu um conhecimento local capaz de oferecer uma resposta eficaz contra o ebola".
"Com vacinas eficazes ao alcance da mão e a experiência de trabalhadores sanitários da RDC (...) podemos mudar o rumo" desta nova epidemia, afirmou, em um comunicado, a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.
Segundo a organização, cerca de 200 doses da vacina rVSV-ZEBOV foram enviadas para Mbandaka (província do Equador) e depois para Goma (leste do país). As autoridades enviarão outras doses gradativamente nos próximos dias.
Até agora, duas pessoas morreram pela doença desde o início da epidemia, segundo a OMS. O primeiro era um jovem que deu entrada no hospital em 5 de abril e morreu dia 21.
A OMS indicou que até o momento foram identificados "233 contatos", que se encontram "sob vigilância". Além da vacinação, "foi aberto um centro de tratamento para o ebola com 20 leitos em Mbandaka".
Em 2020, o vírus do ebola deixou 55 mortos nessa região, dos 130 registrados.
Segundo alguns especialistas, a aparição de epidemias de ebola tem se tornado cíclica de abril até junho desde 2018 na região congolesa do Equador e nos meses seguintes no nordeste, em Kivu e Ituri.
Identificado pela primeira vez em 1976 na RDC, o vírus ebola é transmitido ao homem por animais infectados. Entre os seres humanos, o vírus é transmitido por meio dos líquidos corporais (suor, lágrimas, saliva).