A cidade de Kiev foi alvo de ataques na noite desta quinta-feira (28), durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, que deixaram ao menos três pessoas feridas, segundo o prefeito da capital ucraniana.
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Bolsonaro conversa com vereadores ao som de 'mito' e 'olê, olê, olá, Lula'STF derruba três decretos de Bolsonaro no julgamento do 'Pacote Verde'Lideranças mineiras se reúnem em BH na segunda-feiraCorrespondentes da France-Presse viram um edifício em chamas na região bombardeada, os primeiros ataques russos contra Kiev desde meados de abril.
Esses bombardeios "dizem muito sobre os esforços dos dirigentes russos para humilhar a ONU e tudo o que esta organização representa", disse o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, em um vídeo publicado no Telegram.
O presidente assinalou que "cinco mísseis" caíram na cidade "imediatamente depois da reunião" que manteve com Guterres.
"Isso requer uma forte reação, com a mesma intensidade", acrescentou.
Guterres e sua comitiva ficaram "chocados" com a proximidade do bombardeio russo, embora todos estejam "seguros", disse um porta-voz da ONU.
"Pela tarde, o inimigo disparou contra Kiev. Dois ataques sobre o distrito de Shevchenkovsky", confirmou o prefeito Vitali Klitschko, ao acrescentar que "as informações sobre vítimas estão sendo levantadas".
Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, denunciou os ataques como "um ato de barbárie" e assinalou que os mesmos foram realizados com mísseis de cruzeiro.
"Ataques com mísseis no centro de Kiev durante a visita oficial de António Guterres", escreveu no Twitter, por sua vez, Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky.
"Ontem, estava sentado em uma mesa enorme no Kremlin. Hoje, há explosões sobre sua cabeça", ironizou Podolyak, ao se referir à visita realizada por Guterres, na última terça-feira, a Moscou, onde foi recebido pelo presidente russo, Vladimir Putin.
"Esta é a prova de que precisamos de uma vitória rápida sobre a Rússia e que todo o mundo civilizado deve se unir em torno da Ucrânia. Temos que agir de forma rápida. Mais armas, mais esforços humanitários, mais ajuda", instou o chefe da administração presidencial, Andriy Yermak.
Além disso, Yermak pediu que a Rússia seja privada de seu direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.
O secretário-geral da ONU chegou nesta quinta-feira à Ucrânia, onde está previsto que ele visite Bucha e Irpin, duas localidades nos subúrbios de Kiev. Os ucranianos acusam as forças russas de cometer crimes contra a população civil nessas localidades.
Guterres se reuniu com o presidente ucraniano e lamentou que o Conselho de Segurança "fracassara" em pôr fim à guerra iniciada em 24 de fevereiro com a invasão russa da Ucrânia.