Jornal Estado de Minas

NOVA YORK

Colômbia extradita aos EUA acusado de querer assassinar agente da DEA

O colombiano Carlos Fernando Melo, acusado de preparar o assassinato de um agente da DEA, a agência antidrogas americana, foi extraditado aos Estados Unidos, cuja justiça o acusa de narcoterrorismo, tráfico de drogas e de armas, anunciou a Promotoria nesta sexta-feira (29).



Melo foi detido em 20 de abril de 2021 em Bogotá a pedido dos Estados Unidos e chegou na quinta-feira a Nova York procedente da Colômbia, informou a Promotoria do Distrito Sul de Manhattan, que lida com o caso.

O réu de 58 anos deveria comparecer nesta mesma sexta-feira perante o juiz James L. Cott, para ser instruído sobre as acusações contra ele, passível de prisão perpétua se for considerado culpado.

A justiça americana o acusa de negociar a compra de armas para a dissidência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e do Exército de Libertação Nacional (ELN).

Mas os supostos traficantes de armas com quem ele negociou entre setembro e dezembro de 2019 eram agentes disfarçados da DEA.

Segundo a Promotoria, entre os planos confessados aos agentes estavam "assassinar um agente da DEA no exterior e apresentá-lo como 'troféu'" das referidas organizações, além de preparar um ataque contra a embaixada dos Estados Unidos em Bogotá.

"A extradição de Melo garante que ele terá que enfrentar a justiça dos EUA por supostamente atacar agentes especiais da DEA que lutam contra o tráfico ilícito de drogas", disse o promotor Damian Williams em comunicado.