Jornal Estado de Minas

NOVA DÉLHI

Índia confisca US$ 725 milhões da chinesa Xiaomi por remessas ilegais

A Índia apreendeu 725 milhões de dólares das contas bancárias locais da Xiaomi depois que uma investigação revelou que o grupo chinês enviou ilegalmente dinheiro para o exterior sob o pretexto de pagamento de royalties, anunciaram as autoridades neste sábado.



"Esta grande quantia em nome de royalties foi enviada por instruções das entidades de matriz chinesas do grupo", afirmou a a agência indiana de investigação de crimes financeiros em um comunicado.

A Xiaomi Índia negou a acusação e afirmou que suas "operações cumprem as leis e regulamentações locais"".

"Acreditamos que nosso pagamento de royalties e declarações bancárias são legítimas e verídicas", destacou a empresa.

"Estamos comprometidos a trabalhar de perto com as autoridades do governo para esclarecer qualquer mal-entendido", acrescentou.

As autoridades fizeram uma operação de busca e apreensão na sede da empresa na Índia em dezembro por outra investigação, uma suposta sonegação do imposto de renda.

As relações entre China e Índia passam por uma crise desde o confronto letal na fronteira do Himalaia entre soldados dos dois países em 2020.

Como consequência, o ministério do Interior indiano proibiu o uso de centenas de aplicativos de origem chinesa, incluindo o muito popular Tiktok.

O governo alegou que os aplicativos colocavam em risco a soberania nacional da Índia.