O braço executivo da UE, a Comissão Europeia, já deu os toques finais ao seu sexto pacote de sanções contra a Rússia pela guerra na Ucrânia e a proposta está na fase de definição antes de ser anunciada.
O pacote prevê um fim gradual das compras europeias de petróleo russo em um período de 6 a 8 meses, mas com a exceção da Hungria e da Eslováquia, dois países totalmente dependentes do petróleo da Rússia pelo oleoduto Druzhba.
Esses dois países poderão continuar suas compras de petróleo da Rússia até o ano de 2023, de acordo com um funcionário europeu.
"Todo o processo de substituição (do petróleo proveniente da Rússia) levará vários anos e por isso insistirei na isenção", adiantou o ministro eslovaco da Economia, Richard Sulik, à imprensa de seu país.
A medida não está livre de controvérsias, já que a Bulgária e a República Tcheca também querem se beneficiar de isenção semelhante à negociada para Hungria e Eslováquia, de acordo com diplomatas próximos às negociações.
"Devemos evitar o efeito de contágio, (porque) todos vão querer exceções. (...) Temos que encontrar soluções adequadas", entregou um funcionário europeu.
O Colegiado de Comissários europeus deveria selar a proposta ainda nesta terça (3) em uma reunião à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, em Strasbourg.
Em sequência, o pacote será distribuído aos embaixadores dos países do bloco, para começar a análise nas capitais.
A titular da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prevê fazer um discurso na quarta-feira (4) diante dos eurodeputados, mas não está previsto que faça referência a essas negociações, disseram fontes consultadas.
BRUXELAS