"Nunca deixei de escrever artigos, nem nas situações mais difíceis", contou o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2010, ao comentar sua publicação mais recente na imprensa, uma resenha intitulada "Cervantes", sobre o livro de Santiago Muñoz Machado, diretor da Real Academia Espanhola.
Em conversa com o argentino Jorge Fernández Díaz, Vargas Llosa explicou que precisou ser internado porque, em consequência da Covid, teve dificuldade respiratória: "Foi uma experiência de apenas 24 horas, porém muito angustiante. Lembro-me como uma libertação quando me colocaram no oxigênio."
Vargas Llosa está em Buenos Aires, onde apresentou neste domingo seu livro mais recente, "La Mirada Quieta", sobre o escritor espanhol Benito Pérez Galdós. Ele participará amanhã de um jantar da Fundação Liberdade na cidade de Rosario, juntamente com o ex-presidente de direita Mauricio Macri (2015-19) e outros líderes políticos da oposição argentina.
Vargas Llosa é o último representante vivo do boom latino-americano, no qual também se inscreveram o colombiano Gabriel García Márquez, o argentino Julio Cortázar e o mexicano Carlos Fuentes. No ano passado, foi eleito membro da Academia Francesa.
BUENOS AIRES