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Estado de Minas BEIRUTE

Aliados do Hezbollah perdem terreno no Líbano, segundo resultados parciais das legislativas


16/05/2022 12:48

Liderado pelo Partido Hezbollah, apoiado pelo Irã, o maior bloco parlamentar do Líbano deve perder várias cadeiras, à medida que a oposição ganha força - conforme resultados provisórios das eleições legislativas de domingo (15), realizadas em um contexto de crise socioeconômica.

Os resultados definitivos das eleições serão conhecidos em algumas horas. Por enquanto, os números indicam uma baixa taxa de participação, de 41%, em um país de 3,9 milhões de eleitores.

A incógnita será se o xiita Hezbollah e seus aliados conseguirão manter a maioria no Parlamento de 128 assentos.

Considerada uma organização "terrorista" por vários países ocidentais, a sigla manteve todas as suas cadeiras, enquanto seus aliados cristãos, como o Movimento Patriótico Livre (MPL), do presidente Michel Aoun, sofreram perdas.

Já as Forças Libanesas (LF), legenda liderada por Samir Geagea e com fortes vínculos com a Arábia Saudita, conquistou várias cadeiras e deve despontar como o maior partido cristão.

"Podemos dizer que o povo libanês puniu os partidos no poder e se juntou a nós, expressando sua vontade de um novo começo", declarou o porta-voz do FL, Marc Saad, à AFP.

Outros novos candidatos da oposição também obtiveram alguns ganhos, impulsionando a agenda de um movimento de protesto intersectário que explodiu no final de 2019 contra uma elite dominante amplamente vista como inepta e corrupta.

Nestas eleições, os candidatos do movimento de protesto secular antissistema tiveram dificuldade em apresentar listas unificadas, mas, ainda assim, poderão obter cadeiras suficientes ocupar um lugar sem precedentes no espectro político do país.

A presença de dez ou mais deputados reformistas pode alterar o jogo de influências entre os figurões da política, algo que caracterizou a cena libanesa durante décadas.

De qualquer modo, independentemente dos resultados, os analistas preveem meses de negociações para a formação do próximo governo. O país é governado por um complexo sistema de distribuição de poder entre as comunidades religiosas dominadas pelos partidos políticos tradicionais.

Outro ponto é que o resultado da votação poderá influenciar as eleições presidenciais marcadas para novembro. Há muito tempo, espera-se que o presidente Aoun, de 88 anos, seja sucedido no poder por seu genro, o líder do MPL, Gebran Bassil, mas sua candidatura sofreu um duro golpe com a ascensão do Partido Forças Libanesas.


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