Na manhã de hoje, os telhados da cidade, os carros estacionados nas ruas e até os móveis das casas estavam cobertos por uma fina camada de areia ocre, constataram jornalistas da AFP. A espessa nuvem de poeira dificultava a visão a apenas poucos metros de distância.
Pelo menos "4.000 casos de asfixia" foram registrados em hospitais, relatou o porta-voz do Ministério da Saúde, Seif al Badr, em um comunicado.
Devido a uma "visibilidade de 300 metros", a autoridade aeroportuária de Bagdá anunciou "o fechamento do espaço aéreo e a interrupção do tráfego no aeroporto" durante todo dia, informou a agência oficial de notícias INA.
Os aeroportos de Najaf (sul) e Suleimaniya (norte) também foram fechados durante o dia, acrescentou a mesma fonte.
Pelo menos sete das 18 províncias do país anunciaram o fechamento de repartições públicas, salvo no caso da área de saúde.
Todas as escolas do país foram fechadas, e as provas, adiadas para terça-feira, anunciou o Ministério da Educação.
A última tempestade desse tipo causou problemas respiratórios em uma parte da população, deixou um morto, e mais de 5.000 pessoas tiveram de receber atendimento médico em hospitais.
A tempestade se dissipará gradualmente a partir desta segunda-feira à noite, de acordo com o serviço meteorológico.
Desde meados de abril, foram oito tempestades similares no Iraque, considerado um dos cinco países do mundo mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática e da desertificação.
Para lutar contra este fenômeno, as autoridades propõem plantar florestas que funcionem como corta-ventos.
BAGDÁ