O grupo americano de fast food McDonald's, que fechou seus estabelecimentos na Rússia no início de março, anunciou nesta segunda-feira (16) que vai abandonar o país e venderá todas as suas operações, em reação à invasão na Ucrânia.
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Ucrânia lamenta bloqueio húngaro ao embargo do petróleo russoTempestade de areia deixa milhares de hospitalizados no IraqueAliados do Hezbollah perdem terreno no Líbano, segundo resultados parciais das legislativasHoras antes do anúncio do McDonald's, a fabricante de automóveis francesa Renault confirmou que vendeu seus ativos neste país para o Estado russo, na primeira nacionalização significativa desde a ofensiva de Moscou.
Presente na Rússia há mais de 30 anos, o McDonald's tem 850 restaurantes e 62.000 funcionários.
"Respeitar nossos valores significa que não podemos manter" o McDonald's na Rússia", acrescentou.
"Depois de mais de 30 anos de operações no país, a McDonald's Corporation anuncia sua saída do mercado russo e inicia um processo para vender seus negócios na Rússia", anunciou.
"A crise humanitária causada pela guerra na Ucrânia e um ambiente operativo imprevisível levaram o McDonald's a concluir que a continuidade do negócio na Rússia já não é sustentável, nem coerente com os valores do McDonald's".
À venda
A empresa informou que está em negociações para vender "toda sua rede de restaurantes na Rússia a um comprador local".A empresa acrescentou que, após a transação, os restaurantes não poderão utilizar seu nome, logotipo ou marca, nem vender os produtos do McDonald's.
A Rússia, onde o McDonald's administra diretamente mais de 80% de seus restaurantes que levam seu nome, representa 9% do faturamento total da empresa e 3% de seu lucro operacional.
A empresa anunciou o fechamento temporário de todos os seus estabelecimentos e a suspensão de suas operações no país em 8 de março, seguindo os passos de outras multinacionais que se afastaram de Moscou.
O McDonald's se comprometeu a continuar pagando seus empregados na Rússia até que a venda seja concluída e vai pedir garantias de que sejam contratados pelo futuro comprador.
A retirada deve custar ao grupo americano entre 1,2 a 1,4 bilhões de dólares.
"McDonald's e Rússia estão tão conectados que parece difícil imaginar um sem o outro", afirmou Kempczinski. "No entanto, infelizmente, é a situação que temos hoje", lamentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou que suas tropas invadissem a Ucrânia em 24 de fevereiro. Vários países ocidentais impuseram sanções sem precedentes contra Moscou, o que motivou uma retirada de empresas estrangeiras como H&M, Starbucks e Ikea.
As autoridades disseram que estavam dispostas a nacionalizar ativos estrangeiros, como já ocorreu com a Renault, e que vão oferecer alternativas locais às marcas estrangeiras que deixaram o país.
Muitas minimizam as sanções ocidentais e garantem que a Rússia se adaptará e tomará medidas para compensar a desvalorização da moeda e perdas de receitas.
MCDONALD'S