O bilionário Elon Musk afirmou nesta terça-feira (17/5) que a aquisição do Twitter não vai prosseguir, a menos que ele receba garantias sobre o número de contas falsas na plataforma, o que complica a complexa oferta de compra da rede social.
Musk, CEO da SpaceX e da Tesla é atualmente a pessoa mais rica do planeta, segundo a revista Forbes, com uma fortuna avaliada em 230 bilhões de dólares.
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"Ontem, o CEO do Twitter se recusou publicamente a mostrar provas de <5%", tuitou Musk, que tem quase 94 milhões de seguidores na rede social, sobre sua exigência para confirmar que menos de 5% das contas são falsas na rede social.
"O acordo não pode avançar até que ele faça isto", completou.
O CEO do Twitter, Parag Agrawal, afirma que a plataforma suspende mais de meio milhão de contas que parecem falsas a cada dia, geralmente antes mesmo de serem vistas, e bloqueia milhões por semana que não passam nas verificações para garantir que sejam controladas por humanos e não por um software.
As análises internas mostram que menos de 5% das contas ativas em um dia médio são classificadas como "spam", mas estas contas não podem ser replicadas por terceiros devido a requisitos de privacidade, afirmou Agrawal.
- Uma praga -
Musk - que afirma que os "bots" são uma praga no Twitter e que considera uma prioridade se livrar deles caso assuma o controle da plataforma - respondeu à explicação de Agrawal , apresentada em um tuíte, com um emoji de cocô.
"Então, como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro?", Musk questionou em uma mensagem posterior sobre a necessidade de provar que os usuários do Twitter são pessoas reais.
"Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter", completou.
O procedimento para calcular quantas contas são "bots" foi compartilhado com Musk, insistiu Agrawal.
O analista Dan Ives, da empresa Wedbus, afirmou em uma nota aos investidores que a questão das contas falsas está deixando o acordo confuso.
"A questão dos 'bots', no fim das contas, era conhecida até pelos taxistas de Nova York e nos parece mais a desculpa do 'cachorro comeu o dever de casa' para desistir do acordo do Twitter ou para obter um preço menor', destacou o analista.
Musk afirma que sua motivação para a compra é o desejo de garantir a liberdade de expressão na plataforma e aumentar a monetização de uma rede social que é muito influente, mas que enfrenta dificuldades para conseguir um crescimento rentável.
O empresário também se declarou favorável a suspender o veto na plataforma contra o ex-presidente americano Donald Trump, que foi expulso do Twitter em janeiro de 2021, depois que seus partidários, estimulados pelos tuítes do republicano que alegavam fraude eleitoral, atacaram o Congresso dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.