Dos 918 mil casos novos registrados na região na semana finalizada em 14 de maio, mais de 605 mil correspondem aos Estados Unidos. Segundo a Opas, os contágios subiram na América do Norte nas últimas sete semanas.
As quatro sub-regiões do continente informaram esta semana aumentos de infecções, com a maior alta na América Central (+80%).
Na América do Sul, o Brasil notificou mais de 120 mil casos novos (+9%), enquanto a Argentina teve quase 34 mil (+92%). Venezuela, Paraguai e Brasil indicaram também um aumento de mortes.
No Caribe, onde os casos de covid-19 subiram nas últimas cinco semanas consecutivas, o crescimento das infecções foi de 9,3% e o de mortes, de 49%.
A Opas também ressaltou que as hospitalizações por covid-19 cresceram em 18 países americanos, e as admissões em unidades de terapia intensiva aumentaram em 13 países e territórios da região.
"É hora de fazer um balanço desses números e agir. A covid-19 está novamente em alta nas Américas", declarou a diretora da Opas, Carissa Etienne, durante uma coletiva de imprensa virtual.
"A verdade é que este vírus não vai desaparecer tão cedo", acrescentou.
Etienne lembrou que muitos países abandonaram a exigência do uso de máscaras e do distanciamento físico em lugares públicos, mas muitas pessoas seguem em risco de desenvolver formas graves da covid-19 e morrer.
Segundo números da Opas, só 14 dos 51 países e territórios das Américas conseguiram cumprir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar 70% de sua população.
"O aumento de casos deveria servir como um alerta", disse Etienne.
"Os governos devem continuar monitorando de perto as tendências da covid-19, adaptar seus guias para proteger os mais vulneráveis e estar sempre prontos para ampliar as medidas sociais cada vez que houver um aumento nos casos ou mortes", observou.
WASHINGTON