De acordo com o cenário-base, que prevê uma redução do preço do petróleo no fim do ano para a faixa de 73-74 dólares o barril, o Produto Interior Bruto (PIB) poderia cair 7,8%, assinalou o ministério em suas previsões macroeconômicas.
Se as sanções ocidentais contra a Rússia, impostas desde o lançamento de sua ofensiva na Ucrânia, aumentarem e os preços do petróleo continuarem caindo, a economia poderia retroceder 8,8%, acrescentou o ministério.
Em 29 de abril, o Banco Central da Rússia informou que o ambiente externo era "difícil para a economia russa" e tinha "muito peso na atividade econômica", ao assinalar que as empresas "enfrentavam dificuldades consideráveis em termos de produção e logística".
Nesse contexto, a instituição monetária havia estimado que o PIB do país cairia entre 8% e 10% este ano, para depois começar a "crescer rapidamente outra vez em 2023, graças a uma transformação estrutural" da economia.
Por outro lado, a agência de estatísticas Rosstat publicou hoje uma primeira estimativa do PIB do primeiro trimestre do ano, um crescimento de 3,5%, em um período no qual a economia ainda não tinha sido afetada pelas sanções. Além disso, a Rosstat não divulga detalhes do PIB mês a mês.
O crescimento de 3,5% representa uma "pequena contração" do PIB em comparação com o último trimestre de 2021, segundo a consultoria Capital Economics, que, no entanto, será acompanhado, "com quase toda a certeza, de uma forte queda da produção no segundo trimestre, quando serão sentidos os efeitos das sanções ocidentais".
A Capital Economics prevê uma queda de 12% do PIB russo em 2022, o que suporia a "maior desaceleração desde os anos 1990".
MOSCOU