A carta convite enviada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, aos líderes da União Europeia (UE) menciona que o líder ucraniano se juntaria virtualmente no início da cúpula especial na capital belga.
De acordo com a carta, a agenda da cúpula se concentrará na invasão russa da Ucrânia, nas necessidades mais urgentes da Ucrânia e na crise alimentar e energética resultante desse conflito.
No entanto, a questão que paira como uma nuvem de tempestade sobre a cúpula é a proposta de adotar um embargo ao petróleo russo como parte de um sexto pacote de sanções da UE, uma ideia que enfrenta forte oposição da Hungria.
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban inclusive enviou nesta semana uma carta pessoal a Michel para deixar claro que era contra o tema ser incluído na agenda da cúpula.
"Estou convencido de que discutir o pacote de sanções a nível de líderes na ausência de um consenso seria contraproducente. Vai apenas ressaltar nossas divisões internas", escreveu Orban a Michel.
Os representantes dos países do bloco em Bruxelas agendaram uma reunião de emergência para domingo, em busca de encontrar algum tipo de acordo para salvar a reunião de líderes.
Uma das ideias lançadas foi excluir do pacote de sanções um oleoduto que abastece a Hungria de petróleo procedente da Rússia, embora fontes diplomáticas consultadas tenham expressado cautela diante de um eventual sucesso dessa proposta.