"A ameaça representada por armas impressas em 3D está muito presente no radar da Europol, já que o número de armas de fogo apreendidas em investigações nos últimos anos em toda a Europa aumentou", disse em comunicado.
A Europol, que convidou mais de 120 profissionais da lei - especialistas em balística, cientistas forenses, formuladores de políticas e acadêmicos - para uma conferência especial em Haia nesta semana, enfatizou que a cooperação internacional é "crucial para combater a ameaça".
Em 2019, duas pessoas foram mortas a tiros em Halle, na Alemanha, por um atirador que usou uma arma caseira feita em parte com uma impressora 3D, usando um projeto baixado da internet, disse a Europol.
Em abril de 2021, a polícia espanhola invadiu e desmantelou uma oficina ilegal de armas impressas em 3D nas Ilhas Canárias, apreendendo duas impressoras 3D, peças de armas, uma réplica de fuzil de assalto, vários manuais sobre guerrilha urbana e literatura sobre supremacia branca.
O dono da oficina foi preso e acusado de porte ilegal de armas.
Um mês depois, dois homens e uma mulher foram presos na cidade de Keighley (Reino Unido), como parte de uma investigação sobre terrorismo de direita.
Todos os três foram acusados de possuir componentes de armas impressas em 3D.
A Europol destacou que a conferência desta semana é "uma das maiores plataformas de intercâmbio do mundo sobre a ameaça de armas impressas em 3D".
"Este desafio só pode ser enfrentado combinando a experiência, os recursos e o conhecimento da aplicação da lei, do setor privado e da academia para tirar esses tipos de armas das ruas", disse o especialista da Europol Martin van der Meij.