"O resultado da amostra de PCR colhida pelo Instituto Malbrán do primeiro caso suspeito de varíola do macaco foi positivo", informou o Ministério da Saúde em comunicado, no qual acrescentou que "o sequenciamento mostrou uma alta porcentagem de homologia com sequências do clado da África Ocidental".
Segundo a imprensa argentina, o primeiro caso é de um homem de 40 anos que voltou da Espanha.
O paciente está "em boas condições, em tratamento sintomático", enquanto seus contatos próximos estão sob controle clínico e epidemiológico e sem apresentar sintomas, diz o relatório.
O segundo caso foi confirmado na tarde de hoje pelo Ministério da Saúde, de um residente na Espanha que estava sob análise. Ele está de visita à província de Buenos Aires e não tem ligação com o paciente anterior. Sua idade não foi informada.
"A pessoa apresenta lesões ulcerativas sem outros sintomas associados, chegou ao país em 25 de maio e começou a apresentar os sintomas em 26 de maio. O doente encontra-se em bom estado geral, isolado e recebe tratamento sintomático", segundo o relatório.
"Seus contatos próximos estão em acompanhamento clínico e epidemiológico estrito, sendo que todos estão assintomáticos até esta data", acrescenta a nota.
A varíola do macaco é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido aos seres humanos por animais infectados. A transmissão de pessoa para pessoa é possível, mas rara.
A doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo e, atualmente, é considerada endêmica em uma dúzia de países africanos.
Sua aparição em países não endêmicos é o que preocupa os especialistas. Até agora, os casos confirmados em áreas não endêmicas são geralmente leves e nenhuma morte foi relatada.