A Defesa Civil mexicana informou que o furacão tem ventos máximos sustentados de 130 com velocidade de deslocamento de 13 Ele tocou a terra mais cedo, a oeste de Puerto Ángel, comunidade de 2,5 mil habitantes localizada no estado de Oaxaca, e deve continuar avançando para o nordeste.
"Espera-se um rápido enfraquecimento à medida que o furacão entrar no território. Está previsto que Agatha perca força mais tarde esta noite e se dissipe sobre o sudeste do México na última hora da terça-feira", indicou mais cedo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.
As localidades da costa sul do México foram declaradas em alerta nesta segunda à espera do furacão. Agatha ganhou força rapidamente pelas altas temperaturas do mar e os prognósticos iniciais não descartavam que chegasse à categoria 3.
"É uma ameaça para o estado (...), estabeleceu-se o alerta amarelo (risco médio)", advertiu a Proteção Civil de Oaxaca em suas redes sociais.
As praias da costa de Oaxaca estavam nubladas e com o mar agitado na manhã desta segunda-feira, enquanto os moradores se abasteciam de água e alimentos e protegiam residências e comércios. As aulas e atividades não essenciais foram suspensas na região afetada.
"Os abrigos já estão abertos, as pessoas já estão chegando (...), estamos em um ponto vermelho, vai chegar e vai chegar forte", advertiu à AFP Roberto Castillo, da Proteção Civil de Huatulco.
O governo de Oaxaca habilitou 203 refúgios temporários com capacidade para abrigar 26.800 pessoas, e hotéis foram preparados para receber os turistas.
Foram identificados 5.240 visitantes nacionais e estrangeiros na área de risco em Oaxaca, que abriga centros de veraneio como Puerto Escondido e Huatulco, populares entre turistas europeus e americanos fãs do surfe.
- Risco de inundações -
O Serviço Meteorológico do México informou, por sua vez, que o fenômeno provoca rajadas de vento e ondas de até seis metros nos estados de Guerrero, Oaxaca e Chiapas.
As autoridades fecharam os portos para a navegação nestas regiões, enquanto as companhias aéreas começaram a cancelar desde o domingo seus voos ao aeroporto internacional de Huatulco, na costa de Oaxaca.
Na região afetada pelo furacão localizam-se vários rios caudalosos, razão pela qual o serviço meteorológico mexicano alertou para possíveis transbordamentos e enxurradas.
O México sofre anualmente com a passagem de ciclones tropicais tanto em sua costa do Pacífico quanto do Atlântico, habitualmente entre maio e novembro.
A temporada 2021 de furações no Pacífico, que vai de 15 de maio a 30 de novembro, foi moderadamente ativa com 40 episódios. Destes, 15 foram furacões, segundo o serviço Meteorológico mexicano.