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Estado de Minas PARIS

Petróleo, investimentos, congelamento de bens: as principais sanções contra a Rússia

Até vodca da Rússia e frutos do mar sofisticados foram proibidos na Europa e nos Estados Unidos


31/05/2022 08:50 - atualizado 31/05/2022 09:15

As sanções adotadas pelos países ocidentais contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia vão desde um embargo às importações de petróleo até o congelamento de bens.

- Energia -

A União Europeia, que tem sido amplamente criticada por não cortar suas importações de petróleo russo, chegou a um acordo na segunda-feira para cortar a maior parte de suas compras até o final do ano, mas isentou a Hungria.

Cerca de 90% das exportações de petróleo russo para a UE vão parar, disseram a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente francês, Emmanuel Macron.

O bloco já planejava cortar dois terços de suas importações de gás russo até o final do ano e proibiu os europeus de fazer novos investimentos nesse setor essencial para a economia russa.

As compras de carvão russo cessarão em agosto.

Outra decisão simbólica é a suspensão do gasoduto Nord Stream 2 que foi construído para aumentar o volume de gás russo vendido para a Alemanha.

O Reino Unido prometeu interromper as importações russas de carvão até o final do ano, assim como petróleo e produtos derivados.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, anunciou um embargo às importações de petróleo e gás russos.

- Transportes -

A União Europeia fechou seus portos para navios russos e vetou a circulação de caminhões da Rússia e de Belarus.

O espaço aéreo dos membros da UE, bem como dos Estados Unidos, Canadá, Suíça, Noruega e Islândia, já foi fechado para aviões russos e várias companhias aéreas suspenderam seus voos para a Rússia.

A indústria aeronáutica é a mais afetada com a proibição de exportação de aeronaves, peças de reposição e equipamentos e a suspensão da manutenção das aeronaves registradas na Rússia das gigantes Airbus e Boeing.

Em maio, o Reino Unido também proibiu as principais companhias aéreas russas, incluindo a Aeroflot, de vender seus slots vagos nos aeroportos.

- Comércio -

As sanções europeias preveem a restrição das exportações para a Rússia de carros e bens de luxo, como relógios, mas também semicondutores e equipamentos de alta tecnologia.

A lista de importações russas proibidas pelos países da UE foi ampliada para incluir produtos de aço, cimento, produtos de borracha e madeira.

A vodca da Rússia e frutos do mar sofisticados também foram proibidos na Europa e nos Estados Unidos.

Os dois blocos também revogaram o status comercial da Rússia e de Belarus, privando-os da cláusula de "nação mais favorecida" e impondo tarifas punitivas sobre suas exportações.

- Setor financeiro -

Depois de proibir a Rússia de pagar sua dívida com dólares depositados em bancos americanos, o Tesouro dos Estados Unidos proibiu em maio Moscou de pagar suas dívidas em dólares, tornando provável um calote.

Washington também impôs ao principal banco russo, o Sberbank, o congelamento de todos os seus ativos "em contato com o sistema financeiro americano".

Na segunda-feira, a UE anunciou a exclusão deste gigante russo do sistema bancário internacional SWIFT, um mecanismo essencial das finanças internacionais que permite comunicações e transações rápidas e seguras.

Antes, já havia excluído os principais bancos do país desse sistema.

Os Estados Unidos e a UE, seguidos por outros países, proibiram todas as transações com o Banco Central russo e congelaram seus ativos em moeda estrangeira.

- Personalidades -

Centenas de personalidades russas foram sancionadas, incluindo as duas filhas do presidente Vladimir Putin, que estão nas listas dos Estados Unidos, da UE e do Reino Unido.

Na segunda-feira, a UE estendeu sua lista para cerca de 60 pessoas, incluindo o chefe da Igreja Ortodoxa russa, o patriarca Kirill, que agora está proibido de entrar na UE e seus bens estão congelados.

O próprio presidente russo está sujeito a sanções, assim como o bielorrusso Alexander Lukashenko e o presidente da petrolífera estatal russa Rosneft, Igor Sechin.

Desde o início da invasão russa, Londres afirma ter sancionado mais de mil pessoas, incluindo oligarcas, e 100 entidades.



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