Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior (novembro-janeiro, 11,2%) e de 4,3 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2021 (fevereiro-abril, 14,8%).
O resultado é menor que as previsões de analistas consultados pelo jornal econômico Valor, que antecipavam em média um índice de 10,9%.
É o menor índice para o trimestre fevereiro-abril desde 2015 (8,1%).
A "retração da taxa de desocupação vem ocorrendo desde o trimestre encerrado em julho de 2021", impulsionada pelo aumento da ocupação em setores como transporte, educação e outros serviços, como o setor de beleza, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas no IBGE.
Apesar da melhora do índice, o desemprego ainda afeta 11,3 milhões de pessoas no Brasil.
A informalidade atinge 40% dos trabalhadores e a população também sofre com a disparada da inflação, de 12,13% em doze meses em abril.
Na tentativa de conter a alta dos preços, o Banco Central do Brasil (BCB) elevou novamente a taxa básica de juros neste mês, para 12,75%, seu maior nível desde fevereiro de 2017.
Os indicadores econômicos representam o principal desafio eleitoral para o presidente Jair Bolsonaro, que buscará um segundo mandato nas eleições de outubro.
Para 54% dos brasileiros, a situação econômica tem "muita influência" na escolha do voto, segundo pesquisa recente do Instituto DataFolha.
A pesquisa, realizada nos dias 25 e 26 de maio, atribui 48% das intenções de voto ao ex-presidente Lula, seguido de Bolsonaro, com 27%. Em um possível segundo turno, Lula superaria Bolsonaro por 25 pontos (58% a 33%), três pontos a mais que a pesquisa anterior.