O "FluBot", que causou grandes incidentes na Espanha e na Finlândia, era "um dos malwares mais difundidos em telefones celulares até hoje", disse a Europol em comunicado.
O programa "foi capaz de se espalhar como um incêndio graças à sua capacidade de acessar os contatos de um telefone celular infectado", acrescentou a Europol.
As vítimas com telefones com o sistema operacional Android do Google recebiam um SMS pedindo aos usuários que clicassem em um link e instalassem um aplicativo para monitorar a entrega de um pacote ou ouvir mensagens de voz falsas, disse um porta-voz da Europol à AFP.
Os cibercriminosos conseguiam roubar detalhes de contas bancárias ou contas de criptomoedas.
Em maio, a polícia holandesa conseguiu "perturbar" a infraestrutura do FluBot após uma investigação internacional realizada por onze países, segundo a Europol.
Mas a polícia ainda tenta identificar os responsáveis pelo crime, acrescentou o porta-voz.
Para não divulgar seus métodos, a Europol não especificou como desmantelou o programa.
"A infraestrutura FluBot está agora sob o controle das forças de segurança, o que pôs fim à espiral destrutiva", comemorou a Europol.
O FluBot, identificado no final de 2020, expandiu-se no ano seguinte e comprometeu um "grande número de dispositivos no mundo", segundo a Europol.
A agência não informou quantos dispositivos foram infectados ou quanto dinheiro foi roubado.
Os países envolvidos na investigação foram Austrália, Bélgica, Finlândia, Hungria, Irlanda, Romênia, Espanha, Suécia, Suíça e Holanda, além do serviço secreto dos Estados Unidos, coordenados pelo Centro de Cibercrime da Europol.
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