"São 33 desaparecidos e 11 mortos (...) basicamente na zona alta do litoral", disse o governador de Oaxaca, Alejandro Murat, em videochamada durante a conferência presidencial diária.
Agatha, o primeiro furacão da temporada no Pacífico, atingiu a costa mexicana na tarde de segunda-feira nas proximidades de Puerto Ángel, deixando inicialmente apenas danos materiais, mas desencadeando chuvas intensas.
"Abraço os familiares daqueles que perderam a vida, desejo que encontremos os desaparecidos quando todas as comunidades puderem ser alcançadas, estaremos nessa busca", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador.
De acordo com a previsão do Serviço de Meteorologia mexicano, há uma probabilidade de 80% de que em cinco dias os remanescentes de Agatha saiam para o Atlântico com potencial de formação ciclônica, o que afetaria principalmente a Península de Yucatán.
- Caminhos fechados -
As áreas mais afetadas são pequenas comunidades nas montanhas, de difícil acesso e onde as estradas estão fechadas devido a inundações e deslizamentos de terra, explicaram as autoridades.
Murat explicou que há um helicóptero pronto no balneário de Huatulco e se houver condições climáticas, será usado para chegar aos municípios incomunicáveis.
"Os efeitos nas rodovias se devem a deslizamentos de terra, queda de árvores, aumento da vazão dos rios e desabamento de duas pontes", disse Laura Velázquez, coordenadora da Proteção Civil federal.
Na área afetada, uma das mais pobres do México, soldados e guardas nacionais foram mobilizados para limpar as estradas e tentar acessar as comunidades afetadas.
Um censo também começou a determinar o número de casas afetadas e um trabalho está sendo feito para restaurar completamente as telecomunicações e a eletricidade.
O Serviço Meteorológico do México alertou que os remanescentes de Agatha produzirão chuvas em uma ampla área do sul e leste do país.
"As chuvas podem gerar deslizamentos de terra, aumento do nível dos rios e córregos, além de transbordamentos e inundações em áreas baixas", diz o Serviço Meteorológico.
As autoridades de Oaxaca e estados vizinhos permanecem em alerta devido às chuvas persistentes.
Todos os anos, o México sofre com ciclones tropicais nas costas do Pacífico e do Atlântico, geralmente entre maio e novembro. A temporada de 2021 foi moderadamente ativa com 40 fenômenos. Deles, 15 foram furacões, segundo o Serviço Meteorológico mexicano.
Em outubro de 1997, o furacão Paulina atingiu a costa do Pacífico mexicano como furacão 4 deixando mais de 200 mortos, sendo os estados de Oaxaca e Guerrero os mais afetados.
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